A Defensoria Pública está atuando na defesa da indiciada e irá se manifestar somente nos autos do processo.
O que diz Marcelo Penna de Moraes, advogado de Sônia da Rosa:
Vamos nos manifestar nos autos.
O que diz Marcelo Marcante, advogado de Lia Wilges:
A defesa de Lia Wilges recebe com surpresa o indiciamento, uma vez que sempre pautou pela legalidade o seu trabalho na Prefeitura de Porto Alegre. Lia Wilges é bióloga, Mestre em Educação e Ciências e Doutoranda em Sustentabilidade. A contratação foi baseada em estudos prévios que indicavam a necessidade de contratação de um serviço especializado para formação continuada em educação ambiental dos professores da rede municipal de ensino. A contratação do profissional se deu pelo seu notório saber, comprovado pelo currículo lattes, pelo histórico acadêmico e pelas obras publicadas específicas para a área. Em conclusão, foram cumpridos os requisitos legais da contratação por inexigibilidade da Lei nº 14.133. Sobre o cumprimento ou não do objeto do contrato, Lia Wilges não estava mais na SMED e não era responsável pela fiscalização.
O que dizem Marcos José da Silva Santos e André von Berg, advogados de Gustavo Müller:
A defesa informa que Gustavo recebeu a notícia de seu indiciamento com surpresa, pois ele reafirma que sempre atuou com transparência e dentro da legalidade. A defesa manifesta seu respeito à autoridade policial, mas discorda do indiciamento, por entender que não há qualquer conduta ilícita praticada por seu constituinte. A defesa confia que o Ministério Público analisará os fatos e provas com isenção e que a inocência de Gustavo, já plenamente comprovada nos autos do Inquérito Policial, será reconhecida no Poder Judiciário.
O que diz Ricardo Cantergi, advogado de Jackson Muller:
A defesa repudia veementemente as acusações infundadas que embasaram seu indiciamento. O trabalho realizado pela empresa Ambiética Assessoria Ambiental Ltda. no projeto do Plano de Educação para Sustentabilidade (PED) foi legítimo, técnico e integralmente executado, conforme comprovação documental já apresentada à autoridade policial. Durante um ano, o projeto envolveu diagnóstico detalhado, planejamento estratégico, capacitação de professores e gestores e elaboração de materiais, alcançando 98 escolas da Rede Municipal de Porto Alegre. O curso foi dividido em dois públicos: professores e gestores, com adesão voluntária das escolas. Todo o material — vídeos das aulas, listas de presença, avaliações — foi devidamente entregue e documentado. A contratação foi realizada de forma regular, com parecer jurídico favorável da Procuradoria do Município. É inissível a tentativa de deturpar os fatos: o valor global do contrato foi proporcional ao porte do projeto e às despesas necessárias. O custo médio efetivo foi de R$ 493 por escola por mês — totalizando cerca de R$ 5.916,00 por escola ao longo de 12 meses — valor que cobriu a remuneração de uma equipe técnica de 5 pessoas, encargos, transporte, alimentação e insumos. Não houve qualquer participação indevida ou favorecimento. O contato com a SMED se deu por iniciativa da Prefeitura, que buscou Jackson por sua reconhecida expertise. A narrativa de que o projeto se resumiria a simples palestras é completamente falsa e desonesta. O professor Jackson Muller, autor de 13 livros, com 28 anos de ensino superior, atuação em 19 prefeituras e consultorias ao Ministério Público, FEPAN e Delegacias, jamais ocultou sua relação com a Ambiética, empresa que fundou em 2005 e da qual se afastou formalmente, mantendo apenas a execução dos contratos vigentes. A defesa adotará todas as medidas jurídicas cabíveis para reparar este abuso investigativo e restaurar a verdade.